terça-feira, 26 de junho de 2012

Memória

Toda manhã, religiosamente, ao abrir o livro de orações e ver a foto de Luciano, sinto como é difícil de acreditar que ele já não está mais entre nós. E a cada gesto repetido mais se acentua a saudade e o sentimento de solidão que, como bem disse o poeta, a morte é o destino de quem vive e a solidão o fim de quem ama.

Mesmo com seu jeito caladão,Luciano conquistou muito amizades, e através desses amigos conquistados e das coisas que edificou, avaliamos o quanto importou a sua vida, pois tudo são rastos deixados que somados deram sentido a própria vida. Hoje a menina Ana Beatriz - sua filha, vive entre nós e a sua alegria, a sua energia,a pureza de sua alma nos mostra que a vida continua e,sobretudo, nos mostra a vida - que relutamos em crer. Outras manhãs acontecerão e novamente as lembranças se farão fortes e vivas, mas a cada amanhecer haveremos de saber que nossos sentimentos se atenuarão e o nosso amor por ele crescerá.

 E assim, os dias se passarão, dias após dias, e as nossas esperanças se renovarão num só dia. E viveremos por esse dia.

 Como estou me sentindo realmente? Leve? O coração pesado? Eu posso ser muito em paz, feliz por estar aqui. Da mesma forma, eu possa ser frustrado, preocupado ou irritado. Eu reconheço como eu realmente sou. É o meu verdadeiro que o Senhor ama.

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